Para uma série se sustentar nos Estados Unidos, ela precisa de um bom investimento, boas histórias e – principalmente – uma audiência decisiva para se manter na grade americana. A Fox bancou a ideia de J.J. Abrams, com roteiros de Alex Kurtzman e Roberto Orci (mesma equipe criativa de Lost e de Star Trek) e lançou em setembro de 2008 a primeira temporada de Fringe, que teve seu review publicado aqui no Action Nerds.
Sua segunda temporada foi um pouco conturbada, devido a escolha de um horário e baixa audiência para isso, mas sobreviveu com os episódios finais e hoje, tanto na Fox americana quanto na Warner brasileira, a série está na terceira temporada. Antes de mais nada, o texto não terá spoilers graves, talvez um ou outro passe para explicar uma situação, mas nada que a série já não tenha mostrado ou você tenha visto de curioso, mas este post é uma análise da segunda temporada. Pronto?
Quando ouvi falar de Fringe, sempre tinha algum espertinho dizendo “Ah, ela é igual a Arquivo X“, ou então, “Fringe? É a mesma coisa que Lost na cidade!” Sim e não. Até talvez, mas Fringe é a atual série de sci-fi que deixa os fãs do gêreno aguçados por informações, por notícias e por quererem mais disso. Murder e Scully foram assim. Lost foi assim. Porque não mais uma série entrar nesse rol de importância? Aqui vão os porquês positivos!
Muitos – que veem ou não a série – já sabem que Leonard Nimoy, nosso eterno Spock, participa de Fringe. E isso fica evidenciado entre a primeira e a segunda temporada, e mesmo ele tendo uma pequena participação durante todo o enredo, eu diria que é parte essencial para toda a trama. A agente especial do FBI, Olivia Dunham (Anna Torv), está inquieta com os acontecimentos do Padrão, entre eles, a busca pelo Transmorfo e as próprias respostas de Olivia para os antigos testes de Walter, e isso faz com que cada vez mais ela consiga respostas de quem ela realmente é – e temos aqui uma enxurrada de respostas.
Enquanto isso, a relação entre Peter (Joshua Jackson) e Walter (John Noble) continua caminhando bem com pequenas revelações – aquela pitada de curiosidade – sobre o passado também dos dois. Entre um capítulo e outro da temporada, você percebe que respostas estão sendo dadas, mas o grande porque só será revelado nos últimos episódios – e enfim, são revelados!. A segunda temporada de Fringe é uma ótima continuação do início da série, onde vemos alguns roteiros perdidos, outros mais científicos e muitos outros mais humanos, e são nesses que sua cabeça explode, seus olhos brilham e você começa a ter uma empatia com cada personagem.
Destaque para o trio protagonista que parece escolhido a dedo pelos produtores, assim como o elenco de apoio que ganha mais participações, aparecendo fora dos laboratórios e do trabalho. Por fim, as teorias malucas e as comparações irão continuar até a série terminar, e quem sabe, até mesmo anos depois do final, mas ainda fica se destacando na minha mente os episódios August (2×08) – neste os Observadores têm um papel importante – e a sequencia decisiva do episódio 15 (Jacksonville) até a dupla final #22 (Over There, Part 1) e #23 (Over There, Part 2).
Há boatos de que a série poderia ser cancelada da 3ª para a 4ª temporada, dado à baixa audiência do novo horário – quintas, às 21:00 -, no qual concorre com Grey’s Anatomy e CSI, mas vamos torcer para que seja apenas passageiro e a FOX americana dê o devido crédito e valor para Fringe. A última notícia que temos é que a série irá para a grade americana de sexta-feira. Enquanto isso, ficamos com a Nota 9 para a série (10 seria puxação de saco!) e pensamos: “A realidade é só uma questão de percepção” – Peter Bishop.
Leo Luz viveu o Padrão em um sonho maluco. Ou numa outra realidade.
#SaveFringe